Setembro é o mês que marca o combate e prevenção ao suicídio. São 30 dias com o objetivo de salvar vidas, dialogar e quebrar alguns mitos sobre doenças psiquiátricas que merecem atenção e acolhimento.

A campanha Setembro Amarelo busca conscientizar a sociedade sobre saúde mental e a importância do autoconhecimento, empatia e a capacidade de pedir ajuda quando necessário.

Quais são os sinais de alerta e os fatores de risco?

Para muitas pessoas é difícil admitir que precisam de ajuda. Mas, na maioria das vezes, apresentam alguns sinais que indicam um problema, como:

• Transtornos do humor (ex.: depressão); 

• Transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas (ex.: alcoolismo);

• Transtornos de personalidade;

• Esquizofrenia;

• Transtornos de ansiedade;

• A associação de dois ou mais fatores aumentam o risco (ex.: alcoolismo + depressão)

•  Faixas etárias entre 15 e 35 anos e acima de 75 anos; 

 • Desempregados (principalmente perda recente do emprego); 

• Aposentados;

• Isolamento social; 

• Solteiros ou separados;

• Perdas recentes;

• Perdas dos pais na infância;

• Problemas familiares intensos;

• Datas importantes (ex. datas festivas). 

Existem estágios no desenvolvimento da intenção suicida, que se iniciam  geralmente com pensamentos/ideação de morte, após com um plano e finalizando com o ato de morte.

É preciso ficar atento aos sinais, aquilo que a pessoa fala ou faz que indique desejo de morrer, ou seja, fique atento às frases de alerta por exemplo :

“EU NÃO SIRVO PARA NADA”

”EU PODERIA ESTAR MORTO”

‘’EU TENHO VONTADE DE SUMIR”

“MINHA VIDA NÃO TEM MAIS SENTIDO”

“EU NÃO POSSO FAZER NADA” 

“EU NÃO AGUENTO MAIS” 

“EU SOU UM PERDEDOR E UM PESO PARA OS OUTROS’’

Não podemos esquecer que o ato suicida nem sempre envolve planejamento, a pessoa pode cometer suicídio sem ter demonstrado previamente esta intenção, porém, estes casos são minorias. Na grande maioria dos casos de suicídio, as pessoas dão sinais de sua intenção.

Medidas de prevenção ao suicídio que poderão ser realizadas pelos familiares/ amigos/colegas, como:

• Impedir o acesso aos meios para cometer suicídio. Exemplos: esconder armas, facas, cordas, deixar medicamentos em local que a pessoa não tenha acesso, de preferência trancados, e com alguém responsável em administrá-los;

• Realizar vigilância 24 horas, não deixando a pessoa sozinha, sob nenhuma hipótese;

• Medicações (as medicações prescritas pelo médico devem ficar com o familiar e serem dadas ao paciente somente em horário e dose prescritas) OBS: Não dar nenhuma medicação que não esteja prescrita pelo médico.

O que não fazer:

• Ignorar a situação. 

• Ficar chocado ou envergonhado e em pânico.

• Falar que tudo vai ficar bem, sem agir para que isso aconteça. 

• Desafiar a pessoa a cometer o suicídio. 

• Fazer o problema parecer sem importância. 

• Dar falsas garantias. 

• Jurar segredo. 

•Deixar a pessoa sozinha.

• Comparações com outros casos (ex.: fulano está pior do que você e não se matou)

E lembre-se: 

Falar sempre é a melhor escolha, ao perceber algum desses sinais, busque ajuda profissional com psicólogos ou atendimento gratuito através do CVV.